CETS aposta na valorização dos empresários

Cerca de 60 empresários do Tâmega e Sousa marcaram presença no Almoço-Conferência “A (Re)Capitalização das Empresas e os Desafios da Industrialização”, nos quais o presidente do Banco Bic e ex-ministro da Indústria e Energia – Mira Amaral (Engº) – foi a figura de destaque.

A iniciativa – promovida pelo Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa (CETS) – em parceria com o Banco Bic, insere-se na sua política ativa de apoio à requalificação do tecido empresarial da região, contributo essencial no fomento da reindustrialização eficaz num cenário de grande concorrência internacional.

De acordo com o presidente do CETS, Luís Miguel Ribeiro (Dr.) “o Conselho Empresarial não pretende definir em agenda e criar eventos/conferências que nada acrescentam à vida quotidiana das empresas. Pretende, sim, fazer acontecer, criar mecanismos de suporte, auxílio, promoção e atualização de conhecimento efetivo e mensurável, que apresente valor acrescentado. E, esta iniciativa é exemplo disso mesmo. O Engº.Mira Amaral brindou-nos com os seus experientes e conselhos úteis, trouxe novos insights para a região, capazes de amplificar a visão estratégica e criar novos saberes utilitários”. O dirigente referiu, ainda, que “este tipo de eventos devem ser encarados como importantes veículos para a criação e estímulo de novas sinergias”.

Na ocasião, Mira Amaral (Engº.) realçou a importância das empresas apresentarem um ADN fortemente flexível, capaz de se adaptar constantemente às exigências do mundo atual e que se mantenha firme na sua pronta capacidade de resposta: “Só é possível a revitalização dos setores tradicionais, se as empresas apostarem na criatividade, na inovação, na qualidade, num conceito industrial flexível. Não foi por acaso, por exemplo, que o calçado português tem vindo a afirmar-se”.
Paralelamente, salientou que as empresas têm construído sucessos na base da segmentação, personalização e trabalhos feitos à medida das necessidades dos clientes. “As Pequenas e Médias Empresas (PME) não têm de investigar. Não têm capital para isso. As PME têm de pegar no conhecimento existente e diferenciar”, disse ainda. Por isso, é necessário existir um ecossistema que cria constantemente valor, composto por universidades, start-ups, entre outros.

Outro aspeto – a destacar – abordado pelo antigo ministro foi o desemprego: ter-se-á de incutir que “não basta formar as pessoas, é necessário dar enquadramento aos jovens que saem da universidade”. E, que perante as mutações em que a sociedade está sujeita, é necessário atualizar e ajustar as competências/perfil ao mundo do trabalho.