FPME 2.0: ‘A formação e o repensar de competências e aptidões são absolutamente essenciais’
Sem as pessoas, o fator crítico para qualquer organização e, de uma forma mais ampla, para a estratégia de desenvolvimento da economia, da sociedade e dos territórios, não será possível trilhar um caminho para a recuperação que urge.
Trata-se de um desafio que nos convoca a todos, em particular face a constrangimentos estruturais que temos pela frente, como é o caso da demografia e das assimetrias regionais que a mesma provoca. Por isso, considero fundamental o foco nas pessoas, na valorização das suas competências, no abrir de horizontes e de oportunidades, no despertar das vontades dos empreendedores e na sua capacitação para aspetos fundamentais para o sucesso empresarial.
Neste quadro, a AEP defende que as estruturas de apoio às empresas, como são os Conselhos Empresariais Regionais, têm um papel fundamental, dada a/devido à sua capacidade de intervenção de proximidade nos territórios. Matérias como a formação, a (re)qualificação e o repensar de competências e aptidões para um mercado de trabalho em contínua transformação e com crescentes exigências, são absolutamente essenciais.
Foi a pensar na capacitação destas estruturas e das empresas da respetiva região, por forma a contribuir para que os desafios que a economia e o país enfrentam possam ser superados com sucesso, que a AEP apostou no modelo de Formação-Ação, que contempla a aprendizagem em contexto organizacional, que mobiliza e internaliza competências com vista à persecução de resultados assentes numa estratégia de mudança empresarial e que tem obtido resultados francamente positivos, constituindo-se uma referência a nível nacional.
Desta forma, e em parceria com as associações empresariais, como é o caso Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, promovemos intervenções que visam o reforço das qualificações de uma forma muito pragmática, através de ações que informam as empresas, por forma a assegurar ganhos efetivos de competitividade.
Por todas estas caraterísticas e pela forma como se atua na valorização das pessoas, do seu espírito empreendedor e das suas competências, é importante que os sistemas de apoio públicos continuem a estar atentos a iniciativas como esta, face à demonstração da valia deste programa que, aliás, deveria ser replicada noutros domínios.
Luís Miguel Ribeiro
Presidente da Associação Empresarial de Portugal