‘A nossa maior preocupação é proteger o emprego e a sustentabilidade das empresas do concelho’

A Associação Empresarial de Amarante (AEA), fundada em 16 de julho de 1943, “representa a atividade profissional do conjunto das empresas comerciais, industriais e dos serviços de Amarante, que dela sejam associadas, e tem como missão a representação e defesa dos seus interesses comuns e das atividades empresarial e associativa”.

Bruno Costa, que assumiu as funções da Presidência da Direção desta associação em fevereiro de 2020, faz uma análise do panorama empresarial, das ações desenvolvidas/planeadas e dos constrangimentos sentidos.

Que análise faz do panorama empresarial do território que a associação abrange?

R: A AEA abrange uma panóplia de empresas de diversos setores desde o comércio aos eventos, desde o turismo à indústria, desde a vitivinicultura à construção entre outras.

Estamos numa zona onde temos empresários capazes e inovadores que mostraram o seu melhor no último ano, fazendo de tudo para ultrapassar o drama que vivemos com esta pandemia.

De que forma é que a associação tem ajudado as empresas, suas associadas?

R: Assumi em fevereiro de 2020 o cargo de Presidente da Direção da Associação Empresarial de Amarante, desafio que assumi com muita honra, consciente da enorme responsabilidade inerente ao mesmo. Eu e os restantes elementos dos Órgãos Sociais eleitos, estávamos longe de saber o desafio que enfrentaríamos neste primeiro ano. Foi um ano de grandes incertezas, mudanças, adaptações, em que os impactos do COVID na Economia foram enormes.

Conscientes do nosso papel enquanto líderes associativos, continuamos a zelar pela salvaguarda dos interesses dos negócios dos amarantinos, procurando sempre corresponder aos anseios dos seus sócios. A nossa maior preocupação é proteger o emprego e a sustentabilidade das empresas do concelho. Unimos esforços, estabelecemos parcerias e vamos para o terreno apoiar todos os associados/as.

Olhamos para o futuro com esperança e tudo faremos para conhecer os desafios de cada uma das empresas e ajudar a encontrar o caminho para recuperação da atividade económica e social de Amarante.

Atividade ‘É tempo de esperança, é hora de florir!’

Do plano de atividades, que dinâmicas se têm destacado?

R: O nosso plano de atividade, dado ao COVID, está sempre em reformulação.  Mantemos os nossos projetos em atividade, diminuímos as atividades relacionadas com o comércio e aumentamos o apoio às empresas. No último ano, este foi o setor da AEA com maior incremento: o ajudar, o esclarecer, o apoiar o pequeno empresário.

Quais as ações previstas para 2021 e projetos em curso?

R: No âmbito da animação comercial prevemos a dinamização de uma Feira de Doces Conventuais online, campanhas de rua e sorteios de estímulo à compra no comércio tradicional. Para além da dinamização comercial, ainda estamos a promover pequenas apresentações e workshops vocacionados para os comerciantes. Além disso temos em curso quatro projetos:

Jovens Empreendedores – Construir o Futuro 5.0 – Iniciativa empreendedora, trabalha com Escolas de Ensino Secundário dos concelhos de Amarante. Baião, Celorico de Basto e Marco de Canaveses e visa fomentar nos alunos, professores e comunidades, o potencial empreendedor, conduzindo à mudança de atitude, ao contacto direto com conceitos empreendedores e ao desenvolvimento de novas competências sociais e pessoais.

Jovens Empreendedores

BTInova 2.0 – Este projeto, que engloba os municípios de Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, Marco de Canaveses, Mondim de Basto  e Resende, tem como objetivos principais a capacitação e qualificação dos operadores turísticos do Baixo Tâmega, nomeadamente da restauração, de unidades de alojamento/enoturismo e de empresas de animação turística.

Marca “Verde Sentido”, criada no âmbito do projeto BTInova

In vino Expertise – No âmbito do projeto Erasmus Mais foi constituído um Consórcio com algumas cidades Europeias, cujo principal objetivo é dinamizar o setor do enoturismo, profissionalizando o papel das pessoas que nele trabalham e impulsionando os adultos desempregados a valorizarem este setor como uma área na qual vale a pena apostar.

Formação-Ação para PME – 2° Ciclo – A proposta destina-se a assegurar o aumento das qualificações dos recursos humanos das micro e PME, especificamente no âmbito da formação dos empresários e gestores para a reorganização e a melhoria das capacidades de gestão, assim como dos trabalhadores das empresas, apoiada em temáticas associadas à inovação e mudança. Este projeto abrange 60 empresas.

Que dificuldades/desafios são mais sentidos pela associação?

R: O encerramento de empresas com tradição e espírito associativo, assim como o desinteresse de outras pelas associações, levou a um dos períodos mais difíceis da história que o associativismo vive no século XXI. 

É extremamente complicado conseguirmos motivar as empresas para as atividades da AEA. Outra dificuldade que está sempre perante nós é a nível financeiro. As cotas são sempre um valor menor e o apoio obtido junto de outras instituições também não é suficiente para atingir uma estabilidade financeira na AEA.

Sendo assim, e de uma forma geral a todas a associações, é urgente que as Associações empresariais se tornem relevantes para os seus associados, encontrem a sua sustentabilidade, qualifiquem pessoas e empresas, liderem processos de inovação e cooperação empresarial e que o governo central olhe para as associações como suas parceiras.

Fazem parte do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa as seguintes associações: Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva, Associação Empresarial de Amarante, Associação Empresarial de Baião, Associação Empresarial de Cinfães, Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, Associação Empresarial de Felgueiras, Associação Empresarial do Marco de Canaveses, Associação Empresarial de Paços de Ferreira, Associação Empresarial de Penafiel, Associação Empresarial de Vila Meã e a Associação Industrial de Lousada.